04/05/2012

Hoje é quatro de Maio


Quem nunca tocou tuas mãos e não sentiu seu amor incondicional, negou-se o deleite da leveza que permeava cada uma de tuas intenções.

Quem jamais olhou teus olhos no profundo negro de suas pupilas, privou-se do vexame de chorar suas fraquezas ao ser tomado por seu brilho.

Quem jamais ouviu ao vivo a tua voz e não se viu cercado pelas notas que não desafinam, não sabe do frescor balsâmico que tuas palavas inoculavam.

Quem nunca partilho de tua presença terna em seus momentos terrenos, perdeu a sintonia fina de teus anseios pueris em prol do semelhante.

Permita, Audrey, que minhas palavras te toquem o coração dourado e te abram o sorriso emoldurado em teu singelo rosto de potestade.

Audrey teve sua educação austera alicerçada pelo trauma da fome durante a guerra, quando comeu flores para aplacar sua fome. Conheceu o que combateu e fez questão de levar a luta para o além-túmulo. Tratou de ser mais o que esperava de si mesma do que era esperado que fosse, angariando o respeito e até devoção de muitos colegas.

Ninguém é chamada "Anjo das Crianças" em um mundo materialista, se não tiver se doado em corpo às dores latentes dos pequenos desassistidos.

Ninguém é chamada de estrela de primeira grandeza em um mundo de pirotecnias, se seu brilho sozinho não servir de guia para o comportamento dos que te amam.

Ninguém é aclamada embaixadora em uma época em que ainda não gerava publicidade, se seu caráter não condiz com a diplomacia do amor ao próximo.

Ninguém é lembrada quando os jornais a esquecem pela ausência de escândalos, se sua falta não for muito maior do que seu tempo de vida.

Permita, Audrey, que toda devoção às tuas causas seja um pequeno reflexo de teu farol cordial, para angariar os corações rebeldes desta hora.

Audrey tocou sua vida de modo modesto para o que se esperava de uma estrela de primeira grandeza, com leveza, graça e elegância ainda hoje não equiparadas. Levou toda essa nobreza de ser às crianças invisíveis, que a era de prosperidade mundial deixou de lado, porque vendo-a tão bela e elegante, seus pequenos corações se acalmavam e permitiam melhor a aproximação.

Não tenho palavras próprias que traduzam o que quero dizer, me deixo inspirar naquilo em que creio para fluir os sentimentos mais sutis.

Não tenho autoridade moral para me reportar sem pedir licença, me guarneço pelo texto que ora traço em linhas que não controlo de todo.

Não peço que olhe por mim neste recluso momento, posto que teus anjinhos ainda merecem e requerem tua atenção angélica.

Não reconheço a doma que as ondas torpes tentam dar à tua imagem, foi a vida em tenra idade que te deu o controle de si, pelas mãos da privação.

Permita, Audrey, que o facto de não termos nos encontrado em vida, não seja obstáculo para eu não aprender e crescer com os teus ensinamentos.

Audrey dedicou sua vida ao trabalho árduo e honesto, a certa altura dedicou seu trabalho àqueles que gostariam de ter um que sustentasse suas famílias. Tomou para seus cuidados as crianças cujos pais não puderam sustê-las. Ainda as ampara por suas obras, que revertem seus ganhos para o bem de quem não tem bens.

Hoje é quatro de maio, dia da caridade e do amor incondicional ao próximo. É dia de Audrey Hepburn.


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2 comentários:

Lilly Rose disse...

Boa noite querido Nanael !!

Amigo que beleza!!! Tuas palavras fluiram docemente, como a graça e leveza de Audrey!!

Sim hoje é o dia, a noite, a eternidade... do lindo "Anjo das Crianças".

Ela está presente em todo ato de amor ao próximo.

Serviu de exemplo de como doar-se em vida e após ela, a todo o amor incondicional.

Nanael, parabéns pela bela homenagem a querida Audrey.

Uma estrela de primeira magnitude, que jamais deixará de encantar e brilhar !!

Um FDS abençoado amigo querido !!

Aromas de Flores do Campo...

Lilly Rose

Nanael Soubaim disse...

8-)