23/04/2007

Eu Sou Tio


Não muito, mas sou. Na transição dos meus trinta e quatro para trinta e cinco anos, tenho plena consciência de que não sou mais um garoto, que minha idade não vai retroagir se eu aparecer de (cruz e credo!!!) bermudão abajour-de-quenga, camisetão de algodão vagabundo que custou um rin e uma córnea, boné malaco-da-disney e tênis chamada-para-o-circo. Se me virem assim, chamem a polícia, fui assaltado.

Não estou aqui criticando o estilo de ninguém, afinal gosto não se discute, se lamenta e respeita. Também não venho por estas linhas fazer uma sátira aos quarentões e cinqüentões que cismam em enfiar manteiga quente na boca, só para falar com sotaque as gírias dessa garotada. Só respeitem minhas "pharmácias" e meus "oras bolas".

Como diz o ditado: se bebe, o problema é teu; se bebe e dirige, o problema é nosso. Respeito os gostos alheios, é muito pedir o mesmo? Eu já disse por cá como costumo me vestir, mas vou refrescar as memórias e me apresentar aos novatos, sejam estes bem-vindos.

Calças de cós alto, o que os detractores chamam de "santropeito", eu francamente não tenho nenhum gosto por exibir minha cueca em público. Camisa polo em malha piquet ou de abotoar feita sob medida, sempre pelo Zé, desde então eu nunca mais fiquei com aspecto de "o defunto era maior", por falta de número adequado ao meu biotipo. Sapatos de amarrar e mocassim, sempre pretos, nada de "sapatênis" que a sola é metade do aspecto visual do sapato; sapato peludo também não, faça-me o favor!

Pois bem, caras leitoras e caros leitores, eu não fico impune por esse aspecto de "tiozão". Com grande freqüência me são dirigidas críticas sem argumentos por eu não parecer o adolescente que não sou há quase vinte anos. Eu ao menos aprendi a ouvir e deixar sair pelo outro ouvido, mas já precisei dar limites para pessoas que queriam me comprar uma fantasia de jovem, na esperança de que eu use se já estiver comprado. Precisei avisar que só usaria como pano para tirar o pó dos móveis, se muito, dependendo da estampa até arranha o verniz. Como eu passo, outros também passam, e nem todos tiveram o privilégio de receber a formação de que disponho e partem para a agressão, felizmente quase sempre verbal.

A Nissan lançou um carro "novo" com faróis esbugalhados e linhas imitando toscamente o Corolla, o gingle foi para mim a gota d'água: "Não tem cara de tiozão". Ma peraí! Qual o problema em parecer maduro? Sejamos sinceros. Minha saúde não vai melhorar nem um pouco se eu for a shows de rock... se é que ainda existe rock. Minha situação financeira não sairá do vermelho se eu trocar o Zé pelas marcas de nomes sonoros e sem nenhum conteúdo, muito pelo contrário. Não ficarei nem um pouco mais feliz se começar a deteriorar a minha audição e a dos vizinhos, aí é que parecerei velho mesmo, não ouvindo o outro se esguelando para falar comigo. Me envolver com garotinhas, além de não me interessar, pode dar cadeia, ca-de-i-a.

Eu me sinto discriminado. Não são os adolescentes que compram os carros, são os adultos, os tios e tias. Eles não pagam, em sua maioria, a conta do supermercado, são seus pais. Os mesmos que, aliás, passam o cartão para eles terem suas roupas estranhas. A fonte do dinheiro é o adulto. Pois o adulto está sendo negligenciado! Pior: acredita que isso é natural. Todos lamentam o fim do Opala (aos suspiros) e o enfeiamento do Vectra, mas em vez de pressionar, compram caladinhos; apesar de sentirem a nítida inferioridade da suspensão em relação ao Vectra antigo, logo na primeira curva. Quando converso com eles, sempre dizem que preferem os Tiomóveis, mas têm medo de parecerem velhos, ou contrariar os filhos, ou ficar de fora (???) et cétera.

À margem de todas as virtudes da fase, o adolescente é um consumista quase irracional, desde que o producto em questão seja instável como sua condição hormonal. Quanto mais agressivo, mais parece estar agindo, maior a impressão de impulsividade, mais parece entender suas cabecinhas que nem formadas estão ainda. Então eles compram, dane-se o orçamento da família, as menininhas que cabulam aula à porta do colégio vão "gostar".

Querem productos para eles, é justo. Mas, e nós, tios e tias deste mundo de expiações? Nós que assumimos sem medo os prós e contras do passar dos anos, que sabemos a hora de esperar e a hora de agir, que não estamos preocupados em exibir um carro horroroso como se fosse um falo, que causamos menos acidentes e oneramos menos a previdência social nas macas da UTI? Como ficamos? Podem-se encomendar roupas aos alfaiates que ainda resistem, mas tevê,. carro, aparelho de som, telephones celulares, revistas e programas de televisão são muito mais difíceis de se fazer por encomenda. Seria batuta, mas alguém aí se dispõe a comprar dez mil carros, para justificar a produção de um modelo que as fábricas se recusam a fazer, por ter "cara de tiozão"?

Já peguei amigos falando acidamente mal de gente que se veste como eu, sem saber que eu estava por perto. É impressionante! Dizem-se modernos e abertos à diversidade, mas se uma moça aparecer vestida em um modelito dos anos 1960, por exemplo, a farão passar por ridículo. Não haverá argumentação, simplesmente vão humilhá-la até ela chorar, apenas por estar diferente do que eles usam, ainda que não gostem realmente. Teu filho reclama justamente disso? Pois experimente usar calças com suspensórios e chapéu para ver como ele age, espero que seja menos intolerante do que a média que já conheci. Claro que depois aquele grupo de "amigos" vai se arrepender e tentar remendar a seda rasgada, mas então o estrago causado pelos exibidores de cofrinhos já foi feito.
Modernos somos nós, que trabalhamos pela redemocratização do país, contra a guerra do Vietnã, que tentamos a todo custo limpar o congresso nacional e hoje vemos tudo cair por terra. Não temos para quem passar o bastão. O que fizemos foi a longuíssimo prazo, muitas vezes coisa de uma vida inteira, mas os fantasiados de jovens querem tudo agora, senão não serve, ou parecerão tios.
Dê uma olhada lá em cima. Sejamos sinceros! Que linhas mais agradáveis! Exala confiabilidade e conforto. Tudo muito bem desenhado, tudo bem proporcionado, um equilíbrio de volumes que beira a perfeição. Faróis novos e uma frente em cunha não lhe estragariam o visual, se mantidas as proporções. Mas é carro de "tiozão". Sabem quem é o tiozão? Aquele que não esconde seus fios brancos, mas está a qualquer momento disponível para levar alguém ao hospital; que não vê nada demais naquela modelo brasileira cujo nome me foge agora, mas tem paciência para ouvir a menina desabafar sem tentar parecer seu namorado; aquele que ninguém quer ser ou correr o risco de verem em sua companhia, mas na hora do aperto, aha, é o primeiro nome a ser lembrado. Eu sou tiozão. Eu sou tiozão. Eu sou tiozão.
Estou parecendo um velho (tire os pés da mesa, moleque) rabugento. Mas não há outra forma eficiente e não agressiva de exprimir o que tenho a dizer sobre o tema. Aprendi, no longo processo de tioficação, que não preciso dar uma opinião se ela não fizer falta, posso escolher me calar. Pois não falo aos meus amigos o quanto suas roupas são deprimentes e feias. O quanto suas posturas lembram um orangotango de discoteca. O quanto desprezo os artistas efêmeros e sem compostura que idolatram. Prefiro não lhes falar, ao menos directa e claramente, porque eles mesmos me mostraram o quanto isso machuca.
Antigamente não havia muita opção de productos para jovens, mas porque o filão não tinha sido descoberto. Os não tão jovens continuam existindo e deixaram de ser atendidos. Raios e trovões! Por acaso teremos que abandonar tudo, deixando o "mercado" passar fome, para fundar sociedades alternativas de tios noutras paragens? Chega a ser ridículo eu ter que pedir que façam algo para eu comprar. Como não sou o único nessa situação exdrúxula, acredito que muito mais gente compartilha de minha posição e de minha indignação. Os outros podem continuar a comprar coisas feias e negar suas idades, sem problemas (para mim), só quero poder estar em uma roda sem ser interrompido pelas grosserias adolescentescas do senhor tintura-na-barba, só porque gosto de coisas que não querem me oferecer e me recuso a fazer a troca. Eu é que fico sem, se eu não me importo, eles não deveriam se preocupar.
Não tenho medo de ser tiozão, cabelo branco e voz de caminhão. Se não dão o que quero eu não compro nem por Talião.
Tá, ficou tosco, mas é isso o que eu penso e é assim que me comporto. Importa que passou a mensagem. Ah, ia me esquecendo de contar as caras que fazem quando tiro minha caneta do bolso, não só por estar no bolso, mas por ser tinteiro. Aliás, tenho uma coleção funcional delas, sessenta em condições de uso. Imaginem alguém vendo a própria tataravó, em trajes de época, ao portão da casa. É mais ou menos isso: Logo alguém começa a ter vergonha da ancestral que se veste "daquele jeito", que fala "daquele jeito", que se comporta "daquele jeito", que gosta de "coisa de véi". É uma pessoa amada na família, mas não se pensa duas vezes antes de faltar com o devido respeito. Vai se arrepender depois, mas a impulsividade que os "não tios" tanto glorificam precipita tudo.
Tias e tios do meu Brasil! Uni-vos. Não deixai que a intolerância dos novos velhos estraguem vossas vidas. Sejam o que são. Não se envergonhem de não parecerem mais um urso de pelúcia, nem de terem um no quarto. Estou falando sério, patota, as coisas só mudam se fincarmos pé em nossas posições. Se não gostam, não comprem nem usem. Se gostam, não tenham medo de falar bem. A sua estética é parte de sua personalidade, não abra mão dela, nem de suas aspirações, nem de coisa alguma que lhe for realmente cara. Para nós, o estilo não é apenas o que aparenta, cada cinto, cada broche, cada detalhe daquela jóia tem um significado. Nós temos um significado para o que fazemos. Nossas coisas têm conteúdo, um motivo plausível para continuarem em nossas casas. Prestem bem atenção à riqueza que o jeito tio de ser oferece. E quando marcarem o próximo baile de época, me chamem, estou enferrujado e preciso dançar um pouco.

04/04/2007

ALEMANHA


Gosto da Alemanha. Nunca estive lá (nesta encarnação) mas gosto muito da Alemanha.

Poderia dizer que gosto e pronto, não meta o bedelho e vá catar coquinho. Mas não sou um menino mal educado, só levará um minutinho e já explicarei a vocês, prestem atenção.


Os alemães são um povo muito singular, que preza a boa mesa e a disciplina, as grandes festas comunitárias e o trabalho árduo. Mas engana-se quem cultiva o estereótipo do louro grande e barrigudo que só come joelho de porco e couve passada.

A variedade de doces e carnes da culinária alemã é estonteante, trata-se de uma dieta altamente calórica e saborosa. Encher lingüiça e salsicha, para eles, não é gastar tempo,é uma tradição. Os salsichões são uma instituição cultural desse multipovo, tanto quanto o canto alegre e descontraído dos músicos folclóricos. Eles levam muito à sério sua diversão, hora de trabalhar é hora de trabalhar, hora de se divertir é para esquecer o resto. Meio prático demais para a cultura latina, talvez, mas tem funcionado há séculos. Por cá, se costuma perguntar "E o relatório, aprovaram?" e ouvir "Não sei, vou ficar de cabeça quente até segunda-feira". Diga isso a um de nossos irmãos de sotaque engraçado e correrás o risco de ter um salsichão enfiado pela goela. É hora de festa, caramba, deixe o trabalho para os garçons!

Ah, um detalhe: Se prometer, cumpra. Se disseres "passo lá", te cobram dia, hora e teu menu preferido. Escolha as palavras, quando estiver falando com um alemão. Aliás, falar com eles em português é muito mais fácil. Eles aprendem o nosso idioma melhor do que nós o deles. Não por acaso, em muitas cidades do sul se ensinam às crianças primeiro o alemão, depois o português. Xenophobia? Racismo? Metidice à besta? Não. Definitivamente não. O alemão, em suas muitas variantes, é uma língua muito musical e poética, com uma sonoridade muito forte e até contagiante. Quem aprende alemão (um dia, quem sabe) consegue perceber melhor as nuances phonéticas da fala, por isso é muito mais fácil aprender alemão e depois o português, ou qualquer outro idioma, do que o contrário. E dialeto musicado é com os renanos que, segundo os demais alemães, não falam, cantam. Uma boa caricatura é um renano a falar e uma orquestra aparecer para fazer o acompanhamento.

Os alemães são cientes, como nenhum outro povo, de sua unidade. Mas passar de um Estado para o outro é como atravessar uma fronteira nacional, tamanha a diferença entre o dialeto local e o alemão-padrão. Para as crianças então, a dificuldade é imensa, nem parece que falam a mesma língua. Mas na hora de trabalhar, aha, não há diferença regional que se imponha. A boa e velha determinação teutônica toma conta de tudo e nada os faz parar até que tenham atingido seus objetivos. E depois vão à farra, é claro.

Ainda hoje se ouvem comentários maldosos e ignorantes, evocando o fantasma nazista para rotular a Alemanha. Eles estão plenamente cientes dos erros que cometeram. Talvez cientes demais. Eles pagaram caríssimo. Tiveram sua pátria (que para eles é quase uma extensão do corpo) dividida durante a guerra fria, viram impotentes, atrocidades sendo cometidas contra quem tentasse transpor o muro maldito. Famílias foram divididas por décadas. Eles têm sentimentos e sofreram muito com esse castigo. A Alemanha se envergonha do que fez. Ninguém precisa lembrá-la disso, os monumentos e os livros de história não deixam esquecer. Ah, os neonazistas por lá não são "filhos de gente boa", são marginais.

Aos poucos eles estão aprendendo a não levar a si mesmos tão à sério, graças em boa parte aos brasileiros que foram passar férias ou estudar... E ficaram. Já me cansei de ouvir histórias de brasileiros solteiros que foram só para passar férias, conheceram alguém e só voltam para passar férias. Pensam o quê? Com aquela pose toda eles parecem não oferecer risco, mas quando vê, já te levaram ao altar. Muito cuidado com esses alemães, principalmente com as alemãs. São todos muito educados, muito bem arrumadinhos, mas não têm piedade das mamãezinhas brasileiras. Se bem que, re, re, re, também temos essa "má fama".

Aliás, esse é um ponto importante. Poucos países recebem o brasileiro tão bem quanto a Alemanha. Infelizmente países que falam o português não nos recebem tão bem, há relatos de discriminação explícita, como se ainda fôssemos colônia. Entrar na Europa pela Alemanha é entrar de primeira classe, não só por evitar constrangimentos desnecessários, como pela comodidade de se estar em um país central, com uma infra-estrutura de se tirar o chapéu e um litoral respeitável. Descendo em Berlim ou Frankfurt, fica prático conhecer o continente inteiro. Mas vale a pena conhecer o anfitrião primeiro.

A indústria germânica é conhecida pela excelência de sua engenharia. Poderiam muito bem, com a tecnologia de que dispõe, vender quiquilharias descartáveis para o mundo inteiro. Mas há um sentimento de orgulho nacional que os impede de escravizar o próprio povo. Se vires um producto com a inscrição "made in germany", saiba que a longevidade, a confiabilidade e o salário justo estão embutidos no preço. Seja um brinquedo ou um automóvel, se é alemão, pode levar tranqüilamente, daqui a seis meses não terás que comprar outro.

Já falei nesta página sobre minha preferência pela qualidade, ainda que me custe mais. Também já citei os motivos que me levam a pagar mais caro por uma maçã feinha e discreta. Na realidade, eles cobram caro pelo que seria caríssimo, pois estão acostumados a fazer muito bem feito. Deus sabe o que eles seriam capazes de fazer se tivessem acesso aos nossos recursos. Faço uma idéia. Por isso mesmo sou a favor de uma reaproximação séria do Brasil com a Alemanha. Não essas viagenzinhas tímidas e acanhadas que nossos últimos presidentes têm feito à Berlim. Quem conhece a jornalista Córa Ronái e seu maravilhoso blog sabe o quanto aquela terra e aquela gente são encantadoras. É tudo muito organizado, mas eles carecem de expontâneidade, algo que nós temos de sobra. Ambos os povos são muito mais parecidos do que se imagina. Ambos trabalham mais do que pensam e acham que deveriam trabalhar mais. A despeito do esterótipo injusto, um brasileiro não recusa um bico extra para fazer seu pé de meia. Quem não se lembra do maledito risco de apagão? Foi a coisa ficar realmente séria e a adesão foi maciça e imediata. Basta o executivo falar com seriedade, respeitando nossas inteligências, que a adesão é instantânea. O presidente, aliás, deveria parar de correr atrás de quem promete uma gorjeta de imediato, mas quer nos ver pelas costas logo adiante. Os alemães já deram mostras de seriedade e igualdade de condições que outros nem cogitaram. Eles não aparecem com sorrisos prontos e prometendo pechinchas. Quando aparecem, eles querem negociar, trabalhar conosco. A primeira coisa que deveria ser feita é aproveitar a imensa comunidade germânica que há, desde o Rio Grande do Sul até o Espírito Santo, e promover não um intercâmbio cultural, não um turismo para eles verem como seus avós falavam e se vestiam, mas uma interação entre os dois povos. Havendo interação entre os povos (na qual o mercosul fracassou, me desculpem) as empresas logo se interessam, seguidas pelos governos e pronto. Não é algo com o qual se gastaria os tubos. Em vez de levar cinzeiros de pedra-sabão para vender em uma feira internacional, acentuando a imagem negativa que se tem de nós, que exibam informações sérias e em profusão, destacando os pontos de coincidência e os pontos onde um país complementa o outro.

Sei que corro o risco de ser taxado de racista, afinal ficou politicamente incorrecto dizer que uma alemã ou uma austríaca (como Hedy Lamarr) é bonita. Já sou olhado torto por não aderir à neurose vigente. Mas, quer saber? Vão catar coquinho e colar de volta ao coqueiro. Estreitar laços com os alemães é algo que deveria ter sido feito desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Ambos teríamos nos ajudado mutuamente e muita dificuldade poderia ter sido evitada para os dois lados. O brasileiro descrê do trabalho honesto porque não o vê rendendo os devidos louros, mas vê gente ignorante e portadora de muitos vícios de caráter ganhando dinheiro sem mover uma palha. Os alemães são um bom exemplo, como nós somos um excelente exemplo de tenacidade e desenvolvimento espiritual, este que tanta falta faz à Europa como um todo.

Já falei muito. Mas creiam, não falei nem um ponto do texto que o tema merece. Porque se há duas nações para as quais, juntas, não haveriam limites, são Alemanha e Brasil, na ordem alphabética. Agora volta lá para cima e entre na festa.