22/09/2015

Thea não se casou

Não é nada disso que vocês estão pensando!
  É uma daquelas notícias que normalmente causariam comoção, mas depois descambariam para o deboche dos programas vespertinos de auditório. Uma menina de doze anos aparentemente se casa com um homem de trinta e sete. Fora os idiotas que cumprimentariam o sujeito como o machão do ano, conheço uma dúzia de policiais que começariam a treinar com o cassetete, para fazer omelete com frango entre as pernas dele.

  A história foi publicada em um blog pela própria menina, que embora no termo absolutamente biológico esteja apta a procriar, é uma criança, com toda a falta de noção de perigo e inconseqüência inerentes. O caso tornou-se viral, todos se indignando e se perguntando onde estariam os pais da menina. Bem, para alívio geral, a notícia era falsa, foi criada para chamar a atenção das pessoas para um problema que infelizmente ainda existe e ganha adeptos.

  O problema é que a polêmica se estabeleceu apenas no seio de um grupo restrito, provavelmente poucas pessoas fora dos países nórdicos soube disso. Alguém virá dizer "Eu já sabia! Eu já sabia! Eu já sabia" e eu respondo "Por que não divulgou, idiota? Por que não divulgou, idiota? Por que não divulgou, idiota?". Sim, porque tenho contacto com os quatro cantos do planeta e ninguém tocou no assunto.

  O mundo está tão profícuo de atrocidades, mais parecendo um revival das piores fases da idade antiga, que polêmicas frutíferas como esta passam desapercebidas, enquanto o cidadão superexposto pela mídia às mazelas se preocupa com os cornos de uma sub celebridade qualquer. Ou pior, em desfazer amizades por causa de políticos e ideologias. Daqui a pouco começam a correr atrás de visigodos... de novo!

  O que essa norueguesinha quis foi alertar para os casamentos arranjados de garotinhas com homens(?) que, não raro, poderiam ser seus avós. Cousa muito tolerada do oriente médio ao extremo oriente, onde mulheres, especialmente em tenra idade, são vistas como um peso para a família e empurradas facilmente para quem oferecer um dote. "Ah, não é bem assim, é o aspecto cultural bla-bla-bla" UMA OVA! Ninguém com menos de vinte deveria ter filhos, a cabeça ainda está muito oca e caótica, quanto mais alguém que nem sempre completou dez anos. Eu posso listas uma série de "aspectos culturais" contra os quais todo mundo luta, porque é sabido e comprobe que podem arruinar uma civilização, que dirá a vida de sua vítima.

  Mas não é este o caso, desta vez. O caso é o de uma menininha ter feito um alerta a uma sociedade tradicionalmente permissiva, que estava enxergando flores em tudo o que leva rótulos como "aspecto cultural", "movimento social", "ecologicamente correcto" e aceitava até pagar para ajudar a manter as tradições fundamentais milenares dos outros... Os nossos aspectos milenares, por sua vez, já são tradicionalmente vistos como ruins e passíveis de reprimendas.

  Não sei se é por ter partido de uma portadora de vagina muito jovem, os esforços não desceram muito na latitude, talvez se o pai da menina tivesse se gabado de se casar com uma criança, o caso tivesse mais repercussão. Não, não é feminismo de minha parte, devemos reconhecer que quando as posições de invertem, o alarde é sempre maior. Talvez se a mãe dela contasse que se casou com um menino, quem sabe... Não... Provavelmente viraria chacota, a Thea era a pessoa certa para fazer isso.

  Só que algo desprovido de terror ou pretensões políticas, que são quase a mesma coisa, não fez gente suficiente repensar seu comportamento e seus apoios. As pessoas continuam passando de uma baixaria para outra mais profunda, de um escândalo para outro mais chocante, de uma atrocidade para outra mais aterradora, sempre depois afirmando que a humanidade não deu certo, que ninguém presta, que aquela novela inutilmente horrorosa é que está certa, enfim... Isso cansa... Mas ainda não encontrei outro planeta para viver, então continuarei a atormentar vocês mesmo.

  O interessante é que a maioria das pessoas que ignora, prejulgando só de ver a carinha de Barbie da criança, se gaba de ver séries "fodásticas! fodão-fodão-fodão! Uh-uh-uh! Badass-badass-badass! Uh-uh-uh!" ou "séries intelectuais que promovem meios de estabelecer uma discussão junto à sociedade em vista de potoca, potoca, potoca..." que poderiam se restringir a uma só temporada, se realmente servissem para as pessoas se repensarem. Sim, aquela PORCARIA de Breaking Bad é uma delas. Toda a maldade e toda a transformação poderiam ter sido destiladas em um ano, que quem não entendesse não entenderia pelos anos seguintes; como não entenderam, ou todos teriam se tornado pessoas muito melhores. Lamento, sincericídio é uma de minhas características mais cruéis, inclusive comigo mesmo. Se alguém não aprende sobre a dor com o espinho de uma rosa, não vai aprender com o fio da espada. E a garotinha da Noruega fez tudo na medida, picando a parte mais delicada do dedo, mas vocês continuam brincando com facas.

O blog dela, em norueguês, é claro, o Stopp Bryllupet.

09/09/2015

Contrariando, pró ocidente

Art by Shag
  Texto longo. Vão descansar suas cabeças e voltem depois, porque pode ser também indigesto.

  Eu sempre digo que governos mentem, governos corruptos mentem muito, governos ditatoriais mentem mais do que a própria boca. Digo e reafirmo. Mas ao contrário do que parece, esta posição encontra resistências ásperas, quando o sentido mais amplo e profundo vem à tona. Governos democráticos não são a regra na civilização global.

  A recende onda de refugiados do oriente médio para a Europa começou a receber ataques. Recentemente um vídeo com uma suposta adolescente síria, em trajes muito ocidentais (camiseta e jeans) acusou o ocidente de forjar tudo, alegando subliminarmente que se aqueles fossem refugiados reais, teriam pedido ajuda a países vizinhos. Mas o cenário despertou minha completa desconfiança, porque era a escadaria de um prédio oficial com a bandeira síria ao fundo. Não preciso dizer que foi justo a Síria que começou a sufocar a onda de protestos da chamara "primavera árabe", preciso? Mas já disse.

  Vamos a um facto notório e assumido pelos orientais; Quando um deles, de qualquer país, vem para o ocidente, mesmo com a discriminação que um estrangeiro sofre DESDE QUE A HUMANIDADE DESCEU DAS ÁRVORES, ele pode viver de acordo com seus costumes e sua cultura, e às vezes usa isso para burlar leis locais de defesa aos mais fracos. Quando um ocidental faz o mesmo, ai dele se tentar viver como vivia aqui. Leis de proteção diplomática podem ser sumariamente desprezadas, como rotineiramente são. Percebem? É o uso de dois pesos e duas medidas.

  Ah, quer que eu vá estudar história? Faça o mesmo. mas faça-o sem o ufanismo ideológico que lhe incutiram, estude toda a história nos mais obscuros meandros que puderes encontrar, e veja o que os antepassados dos orientais fizeram a outros povos, como o Império Persa, que subjugou e praticamente escravizou o berço de nossa civilização contemporânea; por ruim que seja, só ela te permite falar asneiras sem o risco de seres punido só por emitir uma opinião. SÓ ELA.

  Afirmar que a riqueza ocidental é fruto de espoliação e a oriental é legado cultural, é novamente o uso de dois pesos e duas medidas. Miséria e servidão não foram inventadas por um povo específico e não começaram na Idade Moderna, começaram com a própria civilização e existem até na natureza, em outros graus, como a homossexualidade existe entre os animais; eu flagrei cães mais de uma vez, não me venha com sermões teóricos de quem não sabe do que realmente está falando.

  O poder trocou de mãos, após milênios. Novamente tocando na história, por milhares de anos as potências orientais deixaram o ocidente na pré-história, ainda éramos bárbaros quando a China se destacou. Praticamente só a Grécia acordou cedo. O Império Romano só foi o que foi porque bebeu na fonte helênica. Mas como eu disse, o poder trocou de mãos. Não sejam ingênuos em acreditar que simplesmente ser oriental tornava um rei justo e bondoso com seu povo. E não faz muito tempo, não tem nem um milênio direito, os mouros ainda amedrontavam a Europa em plena Idade Média. Ou seja, em princípio ainda temos milênios de hegemonia pela frente.

  Aos críticos, que dizem que o ocidente perdeu sua identidade e se esqueceu de quem é, procure um oftalmologista e vá ver direito a pintura, ela é caótica, mas é um tanto menos triste do que seu astigmatismo lhe mostra. Aqui, como eu já disse, pode-se ser idiota, protestar, falar asneiras, reclamar do líder do país e emitir opiniões absurdas do ponto de vista lógico. Nada disso seria motivo para sanções. Ser ateu, aqui, não é crime, senhores intelectuais de sala de aula! Em muitos lugares, quase todos no oriente, és obrigado a fingir às últimas conseqüências que acreditas no credo predominante, que geralmente é também o único. e muitas vezes esse credo obriga o indivíduo a permanecer na margem da sociedade por sua própria iniciativa.

  No ocidente, que muitos diplomados criticam tanto, essa hipótese geraria revolta, e seria justa. Da mesma forma como um valentão que espanca a esposa é execrado aqui, mas em muitos lugares ela é vista como um bicho de estimação e reprodução do marido; novamente muitos de vocês usam pesos e medidas diversos, chamando isso de "traço cultural", enquanto aqui é "opressão da sociedade patriarcal". Tente dizer isso na Arábia Saudita. Oficialmente, terias direito, na prática o governo saudita faz vistas grossas para quem reagir com violência, inclusive violência policial. Oficialmente, tu és livre para decidir tua vida, na prática as escolhas se resumem a adereços que também podem legitimar represálias populares.

  O ocidente nunca perdeu sua identidade, simplesmente porque ainda a está construindo. O agravante é essa construção ter começado com o advento e progresso acelerado dos meios em massa de comunicação, que permitem fazer comparações entre "nós" e "eles" o tempo todo, nem sempre com o senso crítico e raciocínio cético que deveriam acompanhar a observação. O oriente se formou quando era normal uma pessoa morrer sem jamais saber da existência de outra cidade, que para ele era o mundo inteiro. Um ocidental na primeira infância já sabe que existem até outros países e que precisa viajar muito para chegar a eles. Em muitos países do oriente, os governos e o clero não fazem questão de que um adulto saiba disso.

  É por isso que a cultura atribuída aos americanos é tida como a padrão das massas no ocidente. Acontece que eles receberam, principalmente, as culturas britânica, francesa, espanhola e uma pitada da oriental, quando chineses foram trabalhar nas ferrovias. Destes eles pegaram o modelo de trabalhador que gostariam de ter em seu país, mas foi só. Desde aquela época as mulheres já arremessavam panelas em maridos folgados, enquanto no extremo oriente elas muitas vezes nem podiam tocar as sombras dos maridos. Não estou brincando! Até pouco depois da Segunda Guerra, isso ainda acontecia no Japão. A cultura americana, na verdade, é o trabalho feito em cima da cultura européia e asiática, e até um aroma da indígena local, feito e adaptado para a realidade de um país que é tão maior do que a Europa, que um carro médio europeu só serve como transporte urbano por lá. Assim como o Halloween NÃO NASCEU na Inglaterra, não em sua origem pura, a cultura típica ocidental não nasceu nos Estados Unidos da América. Acontece que eles mandam, eles têm a mídia, se quiserem cortam a internet do mundo inteiro, enfim... Eles fazem de modo muito menos traumático o que TODOS OS POVOS QUE PUDERAM, FIZERAM COM OS OUTROS. Vá estudar história, vá.

  Todas as mazelas ocidentais só aparecem porque aqui elas podem ser mostradas, apesar de políticos adorados por intelectuais de ar condicionado se esforçarem para tolher qualquer tentativa. Sabem qual é realmente a maior mazela ocidental? Aquela que inclusive gera protestos e idealizações de um oriente paradisíaco? O ocidente sofre de um agudo e crônico excesso de autocrítica. Eu sei o que é isso, tenho o mesmo mal, e ele quase sempre vem acompanhado de uma depressão bem severa. Tem seu lado bom, mas os excessos de rigores de sua intensidade causam efeitos colaterais muito graves, como os extremismos ideológicos, e a mania de muita gente em fazer mea-culpa pelos erros dos bisavós, enxergando todo e qualquer estrangeiro como coitadinho que precisa ser defendido de tudo a todo custo. Dê uma lida sobre o que muitos refugiados muçulmanos fazem com cristãos, no meio do Mediterrâneo. Eles não são mais e nem menos danosos do que nós, só o são à sua maneira. Entre os inocentes que realmente fogem da carnificina, há muitos mal intencionados que querem estendê-la à Europa, e alguns até tomar o poder por lá.

  Eles não querem viver em paz, não querem restaurar a cultura tradicional islâmica, não querem libertar os povos do jugo ocidental, não é essa a intenção real. Eles querem simplesmente se garantir no céu. Não é por amor ao próximo que fazem isso, fazem porque "deus mandou" e vai punir ou recompensar. É interesse, causa própria, compreendem? Seguem à risca, ao pé da letra as normas que acreditam que os levarão pra o céu, como todo fanático religioso. Matar quem desconfiam que não seja um clone mental deles, o que muitas igrejas brasileiras pregam por debaixo do pano, faz parte. É tudo por interesse pessoal. Quem tem fé sadia, não se abala por vírus psicológicos.

  Tem, tem mesmo muita besteira veiculada, gerada por paranóia, que é um dos efeitos colaterais de que falei. Por isso também falei em senso crítico e raciocínio cético. Não é para tu seres cético, é para a lógica do teu raciocínio ser, para não sofrer influências de paixões e empatias de qualquer espécie, porque elas sabotam tudo sem que percebas. Não acredite pura e simplesmente nos teus próprios pensamentos, eles podem ser apenas frutos de tuas aspirações mais altruísticas, e por isso te fazem acreditar que todas as conclusões derivadas dele são conclusões lógicas. Preciso dizer que tudo isso é virtualmente inviável em muitos países de lá? Não, não preciso esmiuçar. Difícil? Vá ao berço do ocidente e beba da fonte limpa, lá tem o manual de instruções bem claro.

  Por último, me lembrei de um caso que, se não me engano, foi publicado na Super Interessante, quando revista digital ainda era panaceia. Um casal decidiu largar tudo, abandonar a civilização que passaram a desprezar e viver com os ursos, que julgavam ser criaturas doces, meigas e gentís, apenas incompreendidas pela visão maniqueísta ocidental, bla-bla-bla e blo-blo-blo. Um vídeo foi encontrado algum tempo depois, no acampamento deles, ao lado de corpos destroçados e praticamente descarnados. No vídeo, o rapaz, que assistia à esposa ser devorada por um urso Kodjak, se lamentava pelo erro, afirmando que não era nada do que pensavam, que era só brutalidade e selvageria. A fome do urso não lhe permitiu fazer um discurso muito longo. Até a natureza é impiedosa. Esse conceito de fraternidade, piedade e amor ao próximo, como todas as utopias e todos os sonhos modernos de paz e harmonia entre os povos,  meus queridos, é essencialmente ocidental. Encontra pouco eco no oriente.

  O único povo que jamais fez mal a outro, é aquele que ainda não teve a chance.

03/09/2015

O Facebook é do Zuckerberg e ele deixa eu postar o que eu quiser!

Cortesia da Beth!
  Houve época em que eu até ajudava a disseminar apelos, campanhas e cousas mais. Sempre fui selectivo, pensava duas vezes, mas ajudava assim mesmo. Era um direito meu, assim como eu sempre respeitei as tosqueiras que os outros postavam.

  Acontece que cansou. Não, eu não deixei de me importar com as criancinhas famintas do Sifuquistão, nem com a ameaça de extinção da ararinha cor de abóbora de topete verde da tundra ocidental, assim como não deixei de me indignar com a corrupção e tudo mais. Acontece que cansei mesmo!

  Em parte porque eu vejo muita gente compartilhando muita coisa sem muito resultado. A maioria é de causas muito específicas que afetam pouco ou quase nada a população, com isso é muito restrita e quase sempre efêmera. Não questiono os méritos, só quem compartilha algo sabe que intenções tem com isso, às vezes nem a pessoa sabe, diga-se de passagem. O facto é que há uma explosão de causas e protestos que não se via desde a biodiversidade louca do cambriano. A coisa está tão longe do controle, que tem gente compartilhando até hoje o apelo pela cirurgia para extirpar o câncer no cérebro do garotinho que morreu em 2006.

  Nem vou me dar o desgosto de tratar das amizades combalidas por motivos ideopatológicos, dogmáticos, xenológicos, generológicos e analógicos. Muitas vezes até ficar do lado do Capitão América, no Guerra Civil, é motivo.

  As pessoas têm compartilhado até cinco vezes seguidas, eu contei, publicações de sua simpatia sem ler direito, aparentando mal terem lido o enunciado, sem perceber que a íntegra do texto é uma metralhadora giratória que acerta até mesmo a própria mãe. Algumas vezes amigos praticamente me chamaram de canalha, ao defender algo e atacar outros. Sem perceber mesmo, sem (muita) maldade, só discurso prolixo e politizado de qualquer porcaria politipatizada.

  Tudo o que escrevi até agora é só a cabeça da tênia, não vou ocupar seus olhos já sofridos com tudo o que já vi, as tristezas que enumerei já dizem o que se passa sem eu precisar me ater à sordidez.

  Eu estou me lixando para quem me considerar alienado, há um botão de "desfazer amizade" e outro de "bloquear" disponíveis no cabeçalho dos perfis. Podem usar, eu não guardo rancores e, sinceramente, não vou chorar por quem escolher ir embora. Se fosse para guardar mágoas, eu teria motivos de sobra; não consigo guardar nem dinheiro!

  Um dos parâmetros para decidir o que publicar, é "por que publicar isso?" Mas é um parâmetro bem rígido, não há espaço para discursos de quem pensa que é intelectual porque decorou obras de "pensadores". Outro parâmetro é "o que quero que aconteça se eu publicar?" Para não ser mais um compartilhador biônico que repassa cegamente tudo o que os heróis disso ou daquilo mandam. Outro é "quem realmente se importa?" que leva a "as pessoas vão realmente ler isto?" e lendo "alguém realmente sério vai levar a termo?".

  Ocupar minha concessão só para mostrar politização, ideologia, engajamento, hai hai hai mil vai pra fora do Brasil, não me interessa. Me desculpem, mas absolutamente não me interessa. Quando alguém, me confia um problema, se eu aceitar, eu o resolvo e ele nunca mais dá as caras. Mas é resolver mesmo, não trocar um problema por outro, na velha trapaça política de tirar de um grupo para fazer média com o outro. Eu não me rendo a discussões intermináveis de quem PENSA QUE SABE o que está fazendo e dizendo, só porque o outro lado quer e não admite que ele consiga.

  Decidi não fazer coro com os que gritam para o próprio ego ideológico ouvir, e isso me custou amizades caras, já aviso aos que têm essa mesma decisão em mente. Minhas escolhas, meu caminho, minhas pedras.

  Eu tenho publicado cousas bonitas, pelo menos cousas que agradam meu senso estético. Já fui taxado de racista, machista, esculhambolista e nãodesista só porque gosto da estética clássica européia. Por que eu deveria esconder isso? Gosto, publico e publicarei enquanto tiver o espaço para isso. Não vou publicar alguma coisa só para ajudar um artista regional, se ele for ruim. E como tem gente ruim apontando o dedo para os bem sucedidos, culpando-os pelo seu fracasso! Passasse menos tempo reclamando e se dedicasse mais à arte, quem sabe conseguisse algo?

  Não escondo em momento algum minha preferência pelo meio de século passado, tanto que assino e freqüento o Mid Century Fashion, é um pequeno paraíso virtual, a Beth é uma simpatia. Também tenho uma página vintage, muito modesta, mas limpinha e com minhas contribuições, o Klub Retro Revival. Tenho especial apreço por essa época porque ela foi uma explosão de esperança no futuro, houve uma democratização do bom gosto e as pessoas REALMENTE tentaram ser melhores; não terem conseguido é outra conversa, falem com um profissional de saúde mental a respeito.

  Também tenho publicado imagens da alvorada da janela do meu emprego. Infelizmente o tempo está tão seco, que não há nuvens para formar os desenhos e o gradiente do escarlate para o amarelo claro. Os encontros de veículos antigos também têm álbuns, cada um com centenas de imagens de boa qualidade. Ultimamente, os leitores mais antigos sabem de meu viés levemente monárquico, tenho publicado coisas que encontro quase sempre acidentalmente a respeito. Sabia que a princesa de Liechtenstein é negra? Quem se importa? Eu me importo, ou não teria publicado no meu perfil. Se não se importas, o problema é só teu e ninguém tasca.

  O que eu espero conseguir com tudo isso? Nada. Absolutamente nada. Só quero tocar a vida e tentar dar cabo dela antes que ela dê cabo de mim. eu não devo satisfações a terceiros e o que eu faço para mudar a situação do país e do mundo, é restrito ao meu escopo. Eu sei o que e como estou fazendo, gostaria de poder fazer muito mais, ninguém de fora do meu círculo secreto e conspiratório precisa saber. A CIA provavelmente sabe, mas deve achar que eu não represento risco, por isso ainda estou vivo.

  Sinceramente? Eu gosto do que é belo, e meu conceito de beleza está atado à harmonia entre os elementos de um conjunto. Estou espalhando beleza pela rede social, com isso tenho conseguido ajudar muito mais gente do que revoltadinhos acadêmicos repetidores de discursos prontos. Como eu consigo isso é algo que eles não estão abertos para compreender, nem me interessa que compreendam. O Zuckerberg deixou, eu publico. Simples assim.