18/09/2019

Coaching de coaching



            BOA TARTE, VENCEDORES! Eu não ouvi direito… BOA TARDE, VENCEDORES!



            Isso! Tenha sempre isso em mente, cada um de vocês. Olhe para o espelho todos os dias e repita com voz empostada “Bom dia, vencedor”! Porque quando você erra, você pode ter duas atitudes, ou encara como fracasso, ou encara como aprendizado; e quem aprende, não fracassa. Você pode até cometer mais erros todos os dias, mas serão erros novos, com novos aprendizados, novas oportunidades, e a cada oportunidade você verá mais facilmente a próxima.



            Vou contar a vocês uma história triste, muito triste, mas uma história de superação e vitória. Quando eu era criança, meu pai me dizia para eu estudar e trabalhar, porque assim, dizia ele, eu seria um vencedor, eu seria realizado na vida profissional e pessoal. E eu me esforcei! Eu me esforcei muito! Estudei com afinco, trabalhei como um burro de carga, não desisti de meus objectivos e corri atrás dos meus sonhos. Após muitos anos com toda essa dedicação e disciplina, olhei para minha conta bancária e concluí que… eu estava… pobre! Mas o que deu errado?



            Eu vou dizer para vocês o que deu errado. As pessoas pensam que só estudar e trabalhar bastam para vencer na vida. Vocês também acreditam nisso, eu sei, mas não recrimino vocês. Todos pensam que é assim. Eu pensava que fosse assim, até perceber que estava trabalhando para continuar trabalhando, só para sobreviver, ou seja, eu estava me desgastando de graça. De gra-ça! Quer dizer que estudar e trabalhar não dá resultado, certo? Errado! Não é o que eu estava fazendo, mas como eu estava fazendo. Descobri meus erros, aprendi com eles e investiguei cada passo errado que eu dei.



            Lembram que eu falei que trabalhava feito um burro? Pois é esse o erro mais recorrente. E é assim que vocês trabalham, ou não estariam aqui em busca de socorro. Burros trabalham por capim, e capim é de graça, então se trabalha assim e seus rendimentos empatam com suas despesas, está tudo bem. Só que a vida não é perfeita e imprevistos acontecem, emergências não pedem licença. Seu carro quebra e você precisa recorrer ao cheque especial para pagar o conserto, há um acidente ou doença e você se endivida mais com hospital, porque a saúde pública NUNCA foi o que as propagandas dizem que é, um descuido produz um incêndio e você fica na rua da amargura com sua família… enfim, são situações às quais estamos todos sujeitos, quando então o salário medíocre de sua vida medíocre não é mais suficiente.



            Isso me aconteceu. E o que eu fiz? Fiquei com pena de mim. Eu estava fazendo tudo certo, acordando cedo para ir trabalhar, fazendo o meu melhor no meu posto de trabalho, voltando cansado para casa no fim do dia, mas não tinha resultado. As pessoas pensam que fazendo isso, conseguem garantir um futuro, mas não conseguem. Sabem por quê? Porque dar o seu melhor para os outros, só dá retorno para os outros. Não estou incentivando o egoísmo, estou incentivando o amor-próprio. E foi o que eu decidi, olhei mais para mim, vi um monstro do pântano e fui dar um jeito na barba e no cabelo. Então voltei a olhar para mim e pensei o óbvio, abrir meu próprio negócio.



            Lindo, só que não. Eu sempre trabalhei como um burro de carga, então o que eu aprendi naqueles anos todos? O que burro sabe fazer? Pastar. Abri uma lanchonete em frente a uma escola. Pensei comigo mesmo, como um burro trabalhador “O que pode dar errado”? Bom ponto, boa clientela potencial, oferta de ítem indispensável que é alimentação, preços compatíveis com o mercado e vontade de trabalhar… como um burro. Resumindo, adolescentes saíam correndo sem pagar, fornecedores me vendiam mercadoria estragada, as coisas quebravam do nada, as contas chegavam e o capital de giro se esvaia rápido. Eu descobri que o público bom preferia os sanduíches de infarto do pit-dog tumultuado, feitos sem higiene nenhuma, aos meus lanches limpos e saudáveis em minha lanchonete higiênica.



            Sabem qual era o meu erro? Eu descobri em casa, vendo meus filhos e sobrinhos: eu era formal demais. Eu queria vender para adolescentes, mas falando a linguagem dos velhos! Adolescente não quer formalidade, não presta atenção em detalhes, não se importa em como o lanche foi produzido, não liga para muito conforto, ele quer é sentir sabor e encher a barriga. Eu gastei uma nota preta para oferecer ao meu público-alvo o que ele NÃO QUERIA! E gente exigente simplesmente não entra em uma lanchonete acanhada em frente a uma escola barulhenta! Fiz TUDO errado.



            Tardio, mas eu aprendi. Passei mais um ano trabalhando arduamente, mas não mais como um burro. Afora eu visava abrir meu próximo negócio e estudei para fazer as coisas certas, da próxima vez. Abri uma garagem de carros usados. Novamente um bom ponto, com bom ambiente, preferência a modelos que saem fácil, e desta vez tudo adequado ao meu público-alvo! Preços, condições, ambiente e tudo mais adequado a pessoas de classe média-baixa que preferem um bom usado completo a um zero pelado! Desta vez deu certo, certo? ER-RA-DO! Eu falhei no básico. EU NÃO ENTENDO NADA DE CARRO! É a minha mulher que leva nossos carros pra revisão! Até abrir essa garagem, eu não sabia que o motor do Fusca era atrás!!! E para trás eu fui passado! A polícia chegou a bater na minha garagem, porque eu tinha comprado carros roubados! Encontraram até droga em um Audi que estava no estoque!



            Preciso dizer que me ferrei? Não, né! Fracassei de novo? Também não. Porque eu aprendi e, assim como daquela vez, não repetiria mais os erros na próxima tentativa. E voltei a ser empregado, voltei a estudar e planejar por mais algum tempo. E assim fui. Decidi abrir um cursinho, que estava muito na moda, eu achava que era só ter um prédio e algumas cadeiras, o resto vocês podem deduzir. Voltei a ser empregado.



            Mas eu não fracassei! Me recuso a aceitar o rótulo aleijante de “fracassado”. Eu aprendi, e aprendi muito. Pelo menos eu tentei, não fiquei sentado no apartamento, com a boca aberta, escancarada, esperando a morte chegar. Olhei para o lado bom, sempre há os lírios-do-campo para os olhos de um jardineiro dedicado. Podem não ser muitos, mas estão lá. E esses lírios me encorajaram a continuar em meio ao matagal selvagem.



            Com o tempo eu parei de ter prejuízo, até cheguei a ter pequenos lucros no meu último negócio, um brechó que em ensinou que o mercado muda. Eu comprava roupas usadas ruins, consertava e esperava vender por um preço bom. Funcionou por quase um ano. Meu erro foi o que eu disse, eu não acompanhava o mercado. Primeiro eu vendia por um real as peças que ninguém queria, só para desocupar o estoque, mas algum tempo depois eu via essas mesmas peças em outros brechós, vendendo bem. Eu descobri que a moda é não só cíclica, como também composta de ciclos muito rápidos entre os ciclos maiores. As peças que eu vendi a um real cada, a concorrência comprou e vendeu por dez, quinze reais seis meses depois. Já ouviram falar de trouxa manso? Eu fui um trouxa manso. Mas vendi o negócio a uma amiga que entende de moda, e com ela decolou. Hoje é uma boutique com grife própria.



            Você precisa aprender o que sabe fazer de melhor, aquilo que as pessoas pagariam para você fazer, e não aquilo que você vê as pessoas sendo pagas para fazerem. Entenderam a diferença? Não? Eu também não via, por isso me ferrei tantas vezes. Eu queria ganhar dinheiro com coias que eu mal sabia fazer, em ramos repletos de especialistas, só porque eu via esses especialistas se dando bem. Mas chega um ponto em que você aprende que certas coisas, mesmo que sejam boas, não são boas para você; ao menos não para serem abraçadas como meio de vida. E é esse o aprendizado que vou compartilhar com vocês no decorrer no nosso curso.



            Uma de vocês me abordou na entrada, me perguntando como eu consegui sacar esse meu empreendimento. Como eu descobri o que eu faço bem? Devo isso ao mala do meu cunhado, que para variar disse algo aproveitável. Eu falei em uma reunião de família das lições que eu aprendi em todos esses anos de tentativas, e que por isso não estava triste, apesar de ter fechado tantas vezes; até porque a última vez foi quase um sucesso, que passei a uma amiga que concretizou esse êxito. Bem, esse cunhado tentou me irritar falando com ironia “Uau, como você fala bem! Devia cobrar para falar essas pérolas de fracassado”. Eu iria mandar uma garrafa de cerveja na testa dele, e ser preso por lesão corporal grave, quando percebi que fora a parte do “fracassado”, ele tinha razão. Eu aprendi muita coisa e eu já vi muita gente desistindo, por não apender coisas básicas que eu aprendi a duras penas.



            Eu tenho um conhecimento valioso, uma história de vida muito rica, e a experiência me ensinou a comunicar isso com eficiência. Só que eu comunicava isso de graça. E todos vocês certamente fazem isso, comunicam de graça um conhecimento que lhes custou caro para conseguir. CHEGA! Vocês não são burros! Vocês não são fracassados! Vocês são vencedores e eu vou ensinar a vocês como colocar essa vitória para o mundo exterior. A transformar essa criatividade em dinheiro, mas não apenas em dinheiro; em lucro líquido. Porque como eu, vocês descobriram que os negócios ordinários não são para vocês. Não é um producto ou um endereço que fará vocês vencerem na vida. Vocês vencerão falando bem, convencendo e transmitindo sua experiência, que será somada à minha.



            Cada um de vocês será um coaching de renome e sucesso. É para isso que vocês estão aqui e eu vou ajudar vocês. Repitam comigo, como se estivessem ao espelho, logo após acordar: BOM DIA, VENCEDOR! De novo! De novo! De novo!



            Isso mesmo! Amanhã começa o módulo 1.1 de 100, espero todos vocês aqui, neste mesmo auditório deste mesmo hotel. Boa tarde, vencedores, e até amanhã.

4 comentários:

Miriam Ungareti disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Miriam Ungareti disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Miriam Ungareti disse...

Feliz por ter o privilégio de ler seus pensamentos por aqui...

Nanael Soubaim disse...

Grato :-)