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Entre outros que minha pérfida memória não me permite enumerar. Mas a minha proposta nunca foi ser um campeão de visitas e ganhar dinheiro com isto aqui, foi simplesmente apresentar minhas idéias do melhor modo que eu puder. Tanto que ainda nem sei embutir o endereço das páginas em uma palavra-link. Mas isso é para uma evolução já agendada.
A questão é que, para mim, mudar sem haver o firme propósito de melhorar é nocivo. Eu não sei simplesmente colocar uma figurinha legal lá em cima, na cabeça do blog e ficar rindo de como ficou bonitinho. Eu preciso de uma função para a mudança, ainda que seja facilitar a leitura ou apenas tornar o aspecto mais agradável. É isso que chamo de evolução. Para muitos a simples troca do nome de apresentação já causa um bem-estar imenso, mas não para mim. Eu fico com remorsos. Me sinto tendo traído a mim e às minhas convicções. Preciso de uma função para justificar uma mudança.
Por isso mesmo eu lamento informar aos que já se enjoaram, mas o papel de parede que escolhi para a minha página ficará aqui por um bom tempo, até que eu encontre cousa realmente melhor. Confesso, eu não sei mexer direito nesse negócio de internet e suas linguagens exóticas, mas isso é apenas un dificultador para o que já não quero fazer. Assim como continuarei a escrever philosophia enquanto as duas graphias indicarem a mesma coisa.
Mas eu já efetivei mudanças em mim. Sério. Há até quinze anos eu me vestia como qualquer um; jeans, camiseta, tênis, et cétera. Só que a camiseta ficava sempre para dentro das calças. Me diziam para ficar mais "à vontade" e eu retrucava que não ficaria à vontade transformando uma camiseta em minissaia. Bem, aos poucos parei de usar isso e hoje só compro camisas pólo, o resto é de alfaiate. Tênis? Não, obrigado, fico com um bom e confortável par de sapatos de primeira linha, que actualmente custa bem menos. Encontrei aí o meu visual anos 1960 que uso até hoje. O aprimoramento é o uso de canetas-tinteiro e relógio analógico. Parece um retrocesso, eu sei, mas foi uma boa mudança acompanhada de uma boa evolução. Isso me fez bem tanto quanto o refinamento dos meus modos, tanto à mesa quanto na lida pessoal. Assumi o tiozão que eu tentava reprimir sem saber direito o porquê, mas liberei o aparente conservador que sou. Digo aparente porque, bem, já estou explicando neste texto. Sou infinitamente progressista e democrático, mas não confundo liberdade com libertinagem. Por mim as pessoas poderiam andar nuas, em locais onde isso não ofereça riscos. Me disciplino para não cair nas garras aparentemente bonitinhas dos modismos, para não perder minha identidade. Quando for o momento de mudar, mudarei sem esitar. Não antes.
Gosto muito de uma boa rotina, isso talvez explique boa parte da minha resistência às mudanças, principalmente às desnecessárias. Pois mudar custa muito mais do que aprimorar. Para mudar com sucesso é preciso haver um bom planejamento, ou uma grande e urgente necessidade. Seria bom, por exemplo, ter dos anos 1950 a mesma proximidade e boa educação, a mesma qualidade dos productos, mas com as boas conquistas que há hoje. Uma coisa boa não precisa excluir a outra, isso é evolução.
9 comentários:
Enquanto fores fiel a tua essência, nenhuma mudança será prejudicial. Porque quem é fiel a si mesmo, muda porque tem vontade, porque precisa, porque quer. E não para agradar aos outros ou ao meio em que vive.
Precisamos de mais pessoas assim!
Eu gosto de mudar.
Água parada dá dengue.
Por que não mudar, se houver um bom motivo? Ás vezes é saudável.
Obrigada pela citação, mas eu não sou uma campeã de acessos :)
Oi, Nanael!
Adorei a decoração vintage. Blog garantido nos Favoritos. Mudar pra quê, se estás tão bem!
Já fazes um grande favor ao mundo ao manter seu estilo básico e arrumadinho.
Escreves corretamente, o que é um colírio num mar de miguxês.
Bem faz quem segue teu exemplo.
Amei também o post "Eu sou tio".
Abração.
Marina
Bah, Nanael, és um rabugento messs...
Libertinagem já!!!
Mymi, fiota, um rio continua sendo um rio mesmo renovando suas águas. Benett, o Tenente Sinuca diz a mesma coisa. Fabiana, minha Professora Maluquinha, se há um bom motivo eu mudo, mas não em caminhão de carroceria aberta. Luna e Marina (sumida) procuro ser eu mesmo, pois se tentar ser outro sou preso por falsidade ideológica.
Nanael durante as apresentações do Uri Geller, muitas pessoas ligavam nas TV para relatarem feitos paranormais em suas casas. As pessoas enxergam o que bem entendem, né? Talvez a palavra não seja auto-sugestão, mas interpretamos as coisas da maneira que achamos mais convincente.
Oi moço, gosto mesmo da brincadeira não? Parabéns!
Bom, conto contigo para divulgar tanto a Blogagem Coletiva quanto o Protesto Ativo, ok? Pode ser? Faz um post? Bota a boca no trombone comigo?
Beijinhos.
http://dedodemoca.blogspot.com/2007/11/preservativo-excludo-da-comemorao.html
Oiêee!
Adorei sua visita. Faça como eu fiz ao seu e volte sempre.
Beijos.
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