18/07/2016

Entendam, eu rejeito ditadores!

Alerta! Texto longo e chato!

    Eu tenho bloqueado páginas e perfis de sujeitos ditos "engajados", "politizados", "defensores de minorias e dos valores tradicionais" e outros bichos do tipo. Fiz e continuarei a fazer isso porque não vou perder amigos por causa das metralhadoras giratórias desses patifes. O motivo é o mesmo pelo qual eu já queria o afastamento da presidente em processo de impeachment há anos, eles usam a indignação e o sofrimento de grupos, e fazem questão de dividir a população em grupos, para louvar e apoiar ditadores, recusando-se ao mesmo tempo a admitir que aqueles países são ditaduras, sempre colocando em terceiros a culpa pela "difamação", ainda que os próprios ditadores divulguem seus actos tirânicos para amedrontar a população.

    Aproximar-se de regimes altamente misóginos e xenofóbicos, mesmo alegando "lutar" contra esses comportamentos, tem sido expediente comum e prática recorrente de Roussef, às custas do erário. Ela e TODOS os de sua base aliada. "Lutar"... Ra, ra, ra, ra... Não rio de escárnio, é de perplexidade. A contradição reinante nesse meio é tão extremada e dogmática quando a de igrejas caça-níqueis, bem como a das que realmente acreditam ser o único portal para o céu. Sim, conheço lunáticos que se consideram os únicos representantes do Criador na Terra, e que por isso teriam direito a cometer qualquer atrocidade. Se leram realmente a bíblia? Só as partes convenientes, as que confirmam sua missão messiânica, o resto fingem que não existe.

    Infelizmente o facto de se ter um diploma e toneladas de livros no currículo, não impede alguém de cair na armadilha da revolta. Há uma diferença basilar e uma semelhança cruel entre indignação e revolta, tanto que uma pode se transformar na outra. Indignar-se com as atrocidades policiais contra negros nos Estados Unidos, embora a maioria dos indignados não aceite que eles opinem sobre assuntos nossos, é no mínimo questão de humanidade. Indignar-se e agir com indignação resolve perenemente muitos problemas. Lembram-se da revolução francesa? Lembram-se de que não muito tempo depois, Napoleão tomou o poder e não queria sair nem a pau? Lembram-se que houve uma onda de revoltas e os grupos revoltosos se viraram uns contra os outros. A revolta tem o vício de deixar as defesas críticas muito baixas, para concentrar esforços na destruição do que se considera ser a ameaça. Os tiranos sabem se aproveitar dessa baixa de guarda.

    As coisas não mudaram muito, na verdade não mudaram quase nada de então até hoje. E quanto mais cheio de diplomas, títulos, pompa e seguidores ávidos por um discurso retórico, mais o cidadão se considera racional e dono de suas conclusões, quando na maior parte do tempo ele só rumina e maquia o que lhe foi imposto, quando aceitou o pacote fechado de sua ideologia. Tanto esquerda quando direita, nenhum dos bobos está imune à síndrome do toxicômano, este defende a qualquer custo, mesmo que precise matar, o objecto de seu vício. Mas até cair na paranoia completa, ele se considera dono de seus actos e rejeita que o dinheiro entregue ao traficante cause mal à sociedade; arma-se te todo o seu cabedal pseudointelectual para se justificar e agredir qté mesmo quem não seja também um viciado.

    É o mesmo que acontece em igrejas fundamentalistas, que se negam a admitir sua origem judaica e, assim, se recusa a estudar a Torat, até para não descobrir que seu livro sagrado foi todo tirado de uma pequena parte do livro dos judeus, e depois deturpado em inúmeras traduções consecutivas. Querem acreditar e se convencem com revolta de que o seu idioma é o original da bíblia. Qualquer facto comprovado de que aquela passagem é uma metáfora e não um relato histórico, já gera ameaças de morte e o esquecimento seletivo do segundo mandamento. Isso inclui o islamismo, que também é filho revolto do judaísmo. O problema maior é que os que raciocinam, em vez de simplesmente engolir a seco os trechos convenientes da bíblia e do alcorão, ficam calados, como se expressar sua indignação fosse uma confissão de ateísmo.

    Da mesma forma, os bobos com tendências messiânicas das bases "politizadas" temem se reconhecerem nas características de quem elegeram como inimigos, se discordarem te um ponto que seja de seus doutrinadores. Não, besta, não estou repetindo o que li ou ouvi. Volte lá para cima e releia o que eu disse de grupos religiosos. O doutrinado não precisa saber as bases alegadamente philosophicas do que acredita, basta acreditar e repetir indefinidamente, no modo "chato irascível" o que seu doutrinador impôs. A única exceção, acredito, tem sido o kardecismo, até o momento. Mas mesmo ele tem produzido espiritontos sem noção, que precisam contar pra todo mundo que são kardecistas. De resto, todos produzem fanáticos barulhentos e agressivos, que fazem parecer que são a maioria e se declaram os únicos representantes do que acreditam.

    Tentar curar injustiças com imposições estatais, aceitar um "ditador bonzinho" colocando cabresto em todos os aspectos da vida do cidadão, é uma tentação muito doce para esses grupos, tanto os políticos quanto os religiosos. Usam suas "boas intenções" para justificar tudo o que fazem e tudo o que seus ídolos ideológicos fazem; como explodir com um míssil antiaéreo um parente que dormiu durante um discurso longo e enfadonho de um ditador. Até negar que se trata de uma ditadura vale, é como mulher de cafajeste, ele pode violentar e matar uma criança, ela sempre vai defendê-lo, até a morte, que pode vir justo das mãos do canalha. Geralmente vem, seja de um marido, um pastor, um líder político, et cetera.

    Agora vamos a uma reclamação recorrente, nos últimos tempos, de que eu estaria fazendo apologia aos Estados Unidos. Eu já disse que estudei história, inclusive as partes que não convinham aos meus professores, porque meu modo de estudo é investigativo, no estilo policial mesmo.Eu descobri que o grande malfeitor da humanidade não é nem de longe o pior deles. Acontece que se trata de uma democracia, e se eles não o forem, nenhum país do mundo o é. Eu não procuro utopias, tenho mentalidade de engenheiro, não deixo de produzir um carro só porque ele não atingiu a acepção absoluta do termo "perfeição". Se estiver bom o bastante para aquele momento, em mando para a linha de montagem, com o tempo e os recursos das vendas, eu aperfeiçoo o modelo. Justo por se tratar de uma democracia, todos os podres vêm à tona cedo ou tarde, e os dirigentes não podem fazer absolutamente nada contra isso.

  Agora imaginem não poder sequer perguntar se a decisão do "líder" é realmente a melhor, sem o risco de ser preso e torturado. Imaginem não poder fazer qualquer tipo de manifestação sem que ela tenha sido convocada pelo governo! Mais! Não ter direito de recusar essa convocação, concorde ou não com ela. O que quer que aconteça um grupo que se manifeste sem permissão das autoridades, ainda que o resto do mundo tome conhecimento, o resto do país em questão nunca sabe até um estrangeiro subversivo conseguir enviar vídeos mentirosos para desestabilizar o país e o bem amado partido único e compulsório.

   Outra coisa, eu não dou grande importância a opiniões, nem às minhas, elas não curam perna quebrada. O que me interessa é resultado, que se o governo quisesse, já teria oferecido há muito tempo, ele teve mais de uma década para isso! Mas o que fez? Agraciou ditadores às nossas custas, manteve os problemas básicos que suscitaram "movimentos sociais" e os controlou manipulando seus "líderes", assim como fazem os regimes que eles idolatram. Eu não nego que o Brasil teve uma ditadura, cresci em quartéis e sei muito bem disso, da mesma forma como ninguém deveria negar que nossos vizinhos se tornaram também.

    Quanto aos problemas sérios que explodiram nos Estados Unidos, eu lamento assaz, mas me recuso a tecer comentários. Primeiro porque não sou cidadão americano, segundo porque não tenho poderes e nem influência para ajudar no caso, terceiro porque não me pediram ajuda. O mesmo para o caso da saída da Grã Bretanha da comunidade europeia. Se algum inglês me pedir conselho, tentarei ajudar, caso contrário eu me abstenho de dar pitados no quintal alheio. Da mesma sorte que não me meto na tua vida.

    Pois bem, aqueles pilantras que tanta gente "intelectual" adora, já não disfarçam mais. Putin, cria na União Soviética, não faz mais questão de parecer neutro, ele tem forçado tanto, que conseguiu reiniciar a guerra fria. A China há muito que é motivo de reclamação, pelo desprezo e pela grosseria com que trata representantes de outros países, mesmo em território alheio, bem como desdenha limites territoriais dos vizinhos. Nem vou falar do Irã, que iniciou oficialmente a onda de tribalização do oriente médio, em alguns lugares transformando mulheres e crianças em propriedades pessoais reconhecidas pelo Estado, mas como agora é um governo "companheiro", ninguém reclama.

    Agora releiam tudo e me mostrem uma só falta de verdade que eu tenha cometido. Ah, encontrou? Comprove. Não quero saber de discurso, quero factos, parâmetros, quero o palpável. Isso vocês não têm, nenhum ideólogo tem, nenhum pastor tem, absolutamente ninguém que se considere um soldado do exército bonzinho tem.

    Se eu gosto do Temer? Eu já o chamava de vice presidente Nosferatu desde que foi eleito, tirem disto suas conclusões. Da mesma forma não gosto da política externa do Obama Banana. Menos ainda do Czar KGB! Mas gostem ou não, é com o Obama que podemos contar. Ele e ninguém mais pode fazer frente às super ditaduras da actualidade. É este o meu foco.

    Por isso, meus caros, especialmente contactos de redes sociais, não levem para o lado pessoal eu ter bloqueado e, portanto, não ter lido alguns links que vocês me enviaram. Eu levei para o lado pessoal e  investiguei esses links, invariavelmente eles apoiam ditadores e usam a tua revolva para vender o pacote fechado que beneficia suas ditaduras preferidas. Fiz isso para preservar nossa amizade. Há muitos erros que um acadêmico pode cometer, afinal é humano, mas nunca, sob hipótese alguma se apoia um ditador.

    Nenhuma mesmo!

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