Audrey Hepburn como Sabrina, em 1953/54, seria certamente cancelada pelos desocupados. |
No começo, eu confesso, tinha certo preconceito com nerds. Minha imagem era a que vendiam para mim, de um bando de gordos barbados discutindo se o Batman é que comia o Superman ou o contrário. Enfim, uma visão que veio de amigos que ora se afastam paulatinamente de mim, porque conhecem minha capacidade de indignação e sabem que eu não sou totalmente leigo em geopolítica, o que explicarei no momento oportuno. Faz tempo que não acompanho o mundo do entretenimento, apesar de sempre estar atento e desgostoso com o que via nas bancas e chamadas do entretenimento animado, isso ajudou a reforçar esse estereótipo esquerdista woke discriminatório contra pessoas que só querem respeito com aquilo que amam; ui, lacrei!
Eu me resumia a lamentar o que via e me concentrar em productos antigos, nem querendo saber das novidades porque já era gato escaldado, minha paciência com as modernidades supérfluas já tinha se esgotado.Não me importando com quem pensa que sou apegado e retardado, continuei rindo de desenhos dos anos 1920 a 1980, alguns que eu já conhecia de cor. Mas eis que a insistência do algoritmo fez eu clicar e ver em velocidade 1,25 o vídeo de dois gordinhos barbados indignados com os lacradores, termo novo para mim, unga munga. Dada a proximidade com que gravam, cheguei a me perguntar se seriam namorados, mas são só parentes e casados... não entre si, com mulheres. Tony Blake e Elvis Ventura, certeza de que são nomes artísticos do Heróis e Mais, que num primeiro momento parecia título de revista independente barata, abriram as portas do mundo nerdola. Deles passei para outras drogas pesadas, como os irmãos Alba Gabriel e André do Linhagem Geek, depois para o Macho Geek (ui, me soava tão gay) que não é um misógino que reclama de Diana Prince ser mais forte do que um homem magricela, então conheci o Omar do Nerd de Família, depois o Jorgeta do Horaplay, o Peter do Ei Nerd, o Canal do Grifo e descobri que tem um goiano nessa gangue, o Júnior do Um Cara Qualquer.
Ain, só tem mache tóxique... Não, babaquara, há mulheres e são belas mulheres, apesar de os homens ainda serem os mais interessados. Dra. Geek é uma aspirante forte à liga nerdola (também falarei adiante) e uma das mais desgostosas com a destruição das obras em nome da ideolopatia. A menininha do Oi Sakura é uma brasileira no Japão que, graças ao trabalho dos nerdolas, já tem mais ligação com o Brasil. Do Texas temos a indignant pissed of Melony Mac do Go Boom, que como todos os outros já sofreu censura pesada por dizer o que pensa. Não, nenhuma das beldades e nenhum dos marmanjos barbados citados fez "discurso de ódio contra pessoes oprimides que só querem amor", eles nem citam nomes; provavelmente nem querem saber quem são os afetados hipersensíveis de dores alheias que não existem.
Antes mesmo de conhecer essa turma de doidos, eu notava alguns absurdos e já falava no Talicoisa. Estavam tornando os heróis mais clássicos e poderosos verdadeiros palermas, se esquecendo (ou não) que alguns são dotados de força extrema, velocidade extrema e capacidade de vôo com circunflexo que é o certo mesmo em espaço sideral, isso por si só já deveria torná-los gênios. Imaginem a capacidade de processamento do cérebro de um indivíduo capaz de viajar em dobra espacial e controlar no convívio social uma força capaz de colapsar partículas subatômicas. Seria um gênio capaz de fazer Goethe parecer um mico retardado. Como então um ser humano comum, por mais bem preparado que seja, poderia derrotá-lo num confronto directo? Com a varinha woke do roteirista, é claro. De alguma forma esse herói é pego de surpresa por algo que para ele acontece em câmera ultra lenta, simples. E se reclamar é saudosista doente negador da nova realidade da nova ordem mundial. Ah, claro, a estética também estava deixando MUITO a desejar.
Bem, através dessa gente eu conheci os bastidores do que eu via e toda a história do desastre ainda em andamento, como personagens estranhos sendo promovidos às custas de sacrificar os promissores, a destruição do modelo de herói e da virtude, o enfeiamento de heroínas e coadjuvantes fortes que eram absolutamente deslumbrantes e que só por isso já ajudariam a vender tudo de que participassem, e muito mais cousas. Do outro lado, contribuindo para a minha ignorância, alguns amigos compartilhavam de forma coordenada e nada orgânica memes e frases prontas que desqualificavam inclusive as pessoas dos nerdolas, que eles simplesmente não conheciam, mas o comitê central do politiburo exigia e então eles publicavam assim mesmo. Esses mesmos amigos, que se apressavam em me corrigir quando eu compartilhava cosias que poderiam ser falsas, sumiram quando passei a compartilhar reportagens das fontes, muitas deles de países onde os factos aconteceram.
Pois é, cari leitori... Mesmo entre os mais amados e bem quistos sofreremos alguma intolerância de alguma natureza, acostumem-se a isso. O que fazer, senão deixar ir?
Paralelamente a minha assiduidade em canais de geopolítica, inclusive esses noticiários internacionais de que falei, fez eu ligar alguns pontos que estavam mais soltos do que meus parafusos. Esses países que os lacradores, aka lacrolas, à amiúde adoram, simplesmente proíbem não raro com pena capital a deturpação de ícones populares. Esses países querem que seus habitantes tenham certeza do que são e da importância para eles de suas instituições, incluindo a familiar. Em alguns o homossexualismo é crime, mas eles adoram assim mesmo. Bem, esses regimes têm ligações com instituições de ensino no ocidente e os canais de geopolítica deixaram escancarado o que eles fazem, que é basicamente o ódio a tudo o que for de seus países e adoração a tudo o que for daqueles países, ainda que estejam falando da mesma coisa apenas em países diferentes. É coisa demais para um texto só e já falei muito a respeito neste blog, fiquem à vontade para procurar.
Em resumo, descobriram professores e pesquisadores financiados por ditaduras para espalhar aqui cosias proibidas lá, como a "cultura" woke, que negaram até a morte e agora receberam permissão de seus comitês centrais para admitirem e se orgulharem. Mas mesmo descobertos eles continuam agindo como se nada tivesse acontecido, mesmo com defensores da sharia e outros da pedofilia abertamente em seus grupos. As crianças têm sido alvo preferencial e eles contam com apoio político para isso, eventos normalmente proibidos para menores são exposto ao vivo e in loco a petizes na primeira infância. Tudo bem para eles, mas que absurdo se uma mulher escultural de biquíni dos anos 80 aparece na televisão! Dois pesos, duas medidas, tudo para que essas ditaduras encontrem um ocidente fraco e dividido ao máximo, para isso criam rótulos cada vez mais específicos e até contraditórios, passando a tolerar que homens de saias, com sua musculatura masculina, lutem com mulheres e até as firam mortalmente.
É contra? Inventam um "ista" qualquer e tentam te enfiar na cadeia de forma exemplar. Só por discordar. Porque para as ditaduras que apóiam é imperativo que o país inimigo, uma democracia, seja fácil de derrotar. Para tanto é preciso que até os meios de entretenimento induzam as crianças desde cedo a odiarem suas famílias e seu país, é preciso acostumá-las a consumir productos de baixa qualidade, cujas histórias serão revisadas periodicamente de acordo com as necessidades de quem financia e influencia. Isso começou nas faculdades, com aulas de história contadas pela metade, como se os americanos tivessem invadido Coréia e Vietnã, quando na verdade os libertaram do Japão fascista e estavam lá desde a segunda guerra. Daqui foi descendo para o segundo grau, que virou ensino mérdio e está descendo para o primário, que está virando ensino fun-demental. O resultado eu vejo em meu posto de trabalho, gente com diploma que precisa ser ensinada a fazer o básico, inclusive escrever um texto simples. Eles não se importam se isso vai ceifar vidas, como já aconteceu, só importa que o deus de sua seita seja satisfeito.
No mundo do entretenimento o resultado é a completa deturpação de obras consagradas e corrupção de personagens canônicos, muitos vindo directo da literatura universal, como Senhor dos Anéis. O efeito colateral é de estúdios gigantescos da velha guarda afundando já sem a confiabilidade de que desfrutavam, ainda assim lançando obras ridículas sem um átomo de carisma e de valor artístico, que insistem em ditar ao espectador o que ele deve pensar e como deve agir. Não ficaram, entretanto, restritos aos filmes, os jogos também já sofrem com isso, inclusive com ódio explícito e exacerbado contra personagens femininas bonitas, acusações de sexualização de quem idolatra funqueiras e todo esse esgoto de duas caras. Não basta mudar tudo e contrariar quem consome, porque eles mesmos não compram o que mudam, tornam horrorosas, por vezes monstruosas, personagens famosas pela beleza e sensualidade, usando o falso argumento de "inclusão" para excluir quem já estava lá.
Deixo claro que os nerdolas não se importam com gente da sopa crescente de letrinhas nas histórias, eles, que consomem, pagam as contas e deveriam ser ao menos consultados a respeito de mudanças, não querem é que palestras ideológicas com diálogos ruins em histórias dignas de filmes B tomem conta das obras que querem que eles consumam. Mas é o que tem acontecido. Para terem uma idéia, recentemente o perfil da Amazon publicou o que seria a mulher ideal, basicamente o Fiuk de cabelo rosa... isso explica as bagaceiras que eles têm lançado mesmo com prejuízos que estão afundando suas empresas. Diante de tudo isso eles se aglutinaram e se uniram, criando oficialmente no Brasil a Liga Nerdola, o que era um termo usado para ofender caiu no gosto e os diferenciou dos tolerantes à deturpação. Nessa liga, em vez de concorrer eles cooperam e um chega a usar trechos de vídeos dos outros, compartilhando inscritos de seus canais e também sua monetização.
Claro que isso não ficaria impune. Com os idólatras de ditaduras ainda dominando os meios de comunicação, e no Youtube não seria diferente, é muito freqüente eles serem punidos das mais diversas formas, desde desmonetização até vídeos impedidos de irem ao ar. Aham... Um lado pode usar uma cabeça decapitada como bola, o outro não pode nem chamar o cachaceiro de gordo. Hipocrisia? Sim, falta de caráter e escrúpulos fazem parte desse jogo que os nerdolas chamam apropriadamente de "guerra cultural" uma versão mais perversa e adaptada ao show business da guerra fria. Não são vovozinhos dando tudo de graça para o povo coitadinho, são ditadores sangrentos que eles idolatram. Então, como numa seita de fanáticos, tudo o que esses ditadores ordenarem deverá ser cumprido. Por algum tempo eles se valeram da "cultura do cancelamento" para forçar marcas a demitirem pais e mães de família que simplesmente ousaram discordar em público de seus dogmas. Embora em menor escala, ainda fazem essa pressão para aterrorizar empresas que não rezem por sua partilha.
Aliás, a primeira mídia a se levantar para ajudar o Rio Grande do Sul foi a dos nerdolas. Mesmo sendo acusados do crime inexistente de "fake news", que o governador de Santa Catarina desmentiu em vídeo pelo X. Aliás, o Wagner no Tragicômico tem feiro um trabalho de reportagem investigativa maravilhoso como há décadas eu não via. Tenho que perguntar a esse piá se ele ainda está vivo. E o que era para ser só um monte de caras falando de divertimento midiático, acabou se tornando uma rede de divulgação de notícias que as emissoras não querem ou temem divulgar, simplesmente porque a censura está correndo solta como eu não via na época da ditadura, e as emissoras dependem muito de verba estatal... muito mesmo... O pior é que não importa o quanto tu cedas, eles sempre querem mais até nada restar do original, mas mesmo assim vão tentar te obrigar a comprar e elogiar.
O último bastião da cultura sem deturpação é o Japão e, adivinhem, já caçaram briga com os japoneses, eles não toleram essas intervenções. Após deturpar a história egípcia atraindo a fúria dos egípcios, pondo uma bela negra como Cleópatra, que ela grega, eles enfiaram a mão no vespeiro da cultura e da história japonesa. Mexeram com o povo errado.
2 comentários:
Mais vale a amizade honesta de um nerd raiz que a convivência com um militonto encenador de virtudes. Já me ocorreu de, acompanhado por um amigo aficionado por mangás, nós atravessarmos 3 ou 4 bairros conversando sobre animes e mangás, e na volta falarmos sobre indução forçada em motores de aviões antigos, coisa que algum maluco autoproclamado ecologista teria aversão...
E ontem eles deram uma demonstração de maturidade, se entendendo com um membro que fizera um vídeo muito discordante da maioria.
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