01/12/2018

Dead Train, o meu livro



   Caríssimos, não é segredo para vós que tenho uma veia literária minimamente apreciável. Sabem também que no tempo em que os blogs eram mais importantes do que as redes sociais, mesmo sento este um de pequena visibilidade, amealhei desafetos simplesmente por me opor aos dogmas que eles chamam de "intelectualidade"; tanto os de direita quanto os de esquerda e os que se dizem centro, mas nada têm de centrados.

    Para eles eu represento uma ameaça que o ocaso da era dos blogs parece-lhes ter calado em definitivo. Tolinhos! Desde 2006 eu nutro a intenção de colocar em páginas de papel aquilo que eu acredito, não da forma enfadonha e arrogante com que fazem os que se consideram a salvação incompreendida da humanidade, ele todos eles odeiam. Pretendo fazê-lo de forma lúdica e aprazível, sem mais terrores do que os necessários, deixando claro que o ocidente é sim um bom lugar para se viver e, vou além, é habitado por pessoas boas que demonstram em alienação e rudeza o medo que têm de errar; autocrítica que praticamente não existe do outro lado do mundo, e em nenhum lugar com tamanha monta quanto há no nosso continente.

    Bem, a trama terminada em 2017 gira em torno de seis amigos, uma delas brasileira, que despertam na fictícia e moribunda cidade de Sunshadow, Michigan, seus talentos musicais e a decisão de ganhar a vida cantando. Patrícia, Enzo, Ronald, Rebeca, Robert e Renata se conhecem nos anos 1940 e 1950, iniciando na década seguinte o que será a maior e mais importante banda da história.

    Incidentes graves, atentados contra suas vidas, assédio da imprensa e arremedos, teorias conspiratórias, lendas urbanas, viradas de mesa e o imenso peso que repousa e cresce gradativamente sobre os ombros do sol de todos eles: Patrícia. Dona de uma beleza rara e intensa,  uma capacidade de liderança ainda mais rara e inata, e uma personalidade tão complexa quanto (às vezes) difícil de lidar, ela herda de sua saudosa avó a devoção e o respeito dos sunshadowers, seus concidadãos.

    Sua imensa beleza lhe traz alguns dissabores que a acompanham pelo resto de sua vida, esta dedicada a proteger seus entes e amigos. Seu imenso amor pelas crianças por vezes torna seu coração duro e frio como granito, ao se deparar com pedófilos e infanticidas. Seu envolvimento com o mundo das conspirações internacionais a torna admirada e odiada por pessoas que sabem que não podem simplesmente tocar nela, sem caírem fulminadas. Como os muitos clichês que uso com parcimônia, tal qual um receituário de manipulação medicinal, me valho da beleza escancaradamente ocidental e a mente afiada de nossa protagonista para dar ao leitor uma idéia com acento do que realmente é o mundo em que vive.

    Não poupo os Estados Unidos da América, assim como não pouco a República Federativa do Brasil, eu não poupo ninguém, nem a mim mesmo; tampouco chamo de republifederenses os que chamam os americanos de estadunidenses. Entretanto, não me fixo nos podres de países que não fizeram a desgraça da humanidade sozinhos. Ninguém que tenha tido a oportunidade deixou de fazer mal a outros povos, e muitos ainda o fazem igual ou pior do que a civilização euroamericana, à qual todos os dedos acusatórios apontam.

    Paralelamente, mostro os perigos ao mundo que a conveniência e o apego ao conforto, mesmo o conforto intelectual, têm nutrido nas últimas décadas. meus queridos, não é porque os antepassados de uma sociedade tenham sido perversos, que os descendentes também o sejam, e um passado de sujeição à opressão não torna uma sociedade boazinha. O oriente não é e nunca foi o paraíso, assim como o ocidente não receberia tantos imigrantes se fosse o portal de satanás que muita gente alardeia ser. Mostro no livro que nós, ocidentais, somos apenas humanos como são os orientais, que superestimam por sabotagem interna consciente ou não o poder alheio, por propaganda vinda de lugares onde a autocrítica e a emissão de uma opinião podem dar pena capital.

    Há choro, há luto, há risos e celebrações, há culturas que precisei criar do zero para ser o mais didático possível. Tudo isso em um universo entrelaçado com cuidado à história do mundo real, a ponto de os poucos betas que me deram retorno terem perguntado onde fica Sunshadow; fica no meu coração.

    Para facilitar a digestão da história, me permiti o uso de um pouco de literatura fantástica, para ilustrar em parábolas e mensagens subliminares o que tenho a dizer. Não houve abuso, me policiei muito para isso, mas expus tudo de forma mais clara do que a verdade nua e simples conseguiria.

    Utilizo o blog Talicoisa, que estava praticamente esquecido pelos meus antigos colaboradores, e desde de que comecei essa encrenca voltou a ter alguns acessos, mas acredito que possa ter mais. Acredito que este método de divulgação pode tornar menos difícil a concretização, em celulose, do primeiro passo dos meus planos gerais de dominação mundial. Se começarem a desconfiar de coisas demais, não se preocupem, apenas guardem segredo... para o bem de vocês.

    Sem mais, espero que gostem das mais de 900 páginas que publico aos poucos e com cortes, para preservar as surpresas, facilitar a leitura on line e preservar meus mais de dois anos de trabalho exaustivo. Peço paciência, só agora tive o lampejo de mostrar aqui o que já tem 106 capítulos publicados.

    Cliquem no link, leiam, comentem, opinem e dêem retorno com circunflexo. A viagem começa aqui.

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